sábado, 9 de março de 2013

Desafios...

Encontrar um clube das principais ligas europeias com mais jogos que o Benfica desde o início do ano (altura em que disputámos todas as competições nacionais e a Liga Europa, com mais 1 eliminatória que a Champions).
Encontrar um clube das principais ligas europeias com um ciclo de jogos consecutivos com intervalos de 72-96h mais longo que o atual de 11 jogos em que o Benfica se encontra desde 10 de fevereiro.

quinta-feira, 7 de março de 2013

O efeito do ciclo de jogos desde início do ano...

O Benfica tem desde o início do ano dois ciclos intensos de jogos consecutivos com intervalos de 96 horas ou menos (4 dias). No início de Janeiro um ciclo de 7 jogos. E desde 10 de fevereiro iniciou um ciclo de 11 jogos (o jogo com o Bordeus foi o 7.o nesta sequência) consecutivos com intervalos de 96 horas ou menos.

Em contrapartida o Porto apresenta no mesmo período dois ciclos de 3 jogos consecutivos com intervalos de 96 horas ou menos (4 dias). Um no início de Janeiro e outro agora, no final de Fevereiro.

Esta é claramente uma diferença bastante significativa de calendários - decorrentes por um lado do sucesso nas varias provas nacionais, sendo o único clube que se manteve até final de fevereiro em todas as frentes nacionais e por outro da passagem para a Liga Europa, com um calendário mais apertado (mais uma eliminatória) que a Champions.

Esta sequência de jogos tem que ser gerida ao nível do plantel necessariamente. Não há outra forma de o fazer.

Até ao jogo com o Paços de Ferreira o Benfica teve uma sequência de 15 jogos consecutivos desde o início do ano (12 para o Porto; 14 para o Atlético de Madrid, a equipa que mais se aproxima; 12 para o Manchester United; 12 para o Tottenham; 13 para o Real de Madrid). Quer o Benfica quero o Porto têm 3 empates (uma no jogo entre elas), contando as restantes partidas por vitórias. Esta é sem dúvida uma demonstração da qualidade do plantel do Benfica.
O Benfica não tem neste momento o fulgor habitual. Mas a gestão do plantel este ano está a ser feita de forma mais equilibrada. A sequência de jogos a que o Benfica tem estado sujeito não encontra paralelo a nível europeu - o Atlético de Madrid, eliminado na anterior ronda da Liga Europa - é o que mais se aproxima. Este fator está a pesar muito nas recentes exibições da equipa. E parece-me estar a ser bem gerido. A equipa não tem feito boas exibições. Mas tem feito bons resultados. Curiosidade para ver se aguentamos até ao fim este ciclo intenso de jogos (que termina em Guimarães) e como ressurgiremos para os 3 últimos ciclos de jogos consecutivos (se tudo correr bem a nível europeu), qualquer deles menor que os ciclos até agora enfrentados.

E antes do jogo...

Boa aposta de Jorge Jesus para o jogo com o Bordeus. Independentemente de como correr o jogo, parece-me um 11 que dá garantias de poder assegurar um bom resultado na Luz e manter uma gestão inteligente do longo ciclo (8.º jogo com espaço de 3-4 dias de intervalo e ainda faltam mais 3 até termos uma paragem mais prolongada) tendo em vista o objetivo principal: o campeonato.

domingo, 9 de setembro de 2012

Do modelo de jogo

Goste-se ou não, concorde-se ou não, Jesus tem um modelo de jogo pelo qual triunfará ou falhará no Benfica. A época passada foi a altura em que mais nuances foram introduzidas no modelo de jogo em função da entrada de Witsel e do aproveitamento de Aimar que fez uma época de muito bom nível.
Este ano, com a perda de Javi e Witsel, espero a confirmação de Matic na posição 6 e veremos quem assumirá a posição de Witsel. Na esmagadora maioria de jogos internos, as opções Aimar, Carlos Martins (não sei se Jesus vê Bruno César nessa posição, no tendo sido testado na pré-época) e Gaitan (eventualmente em trocas de posição com um dos alas, funcionando mais como interior) são suficientes. O problema será em jogos contra o Porto, Sporting, Braga e na Champions. 
Enzo Perez poderá desempenhar um papel fundamental de equilíbrio neste Benfica 2012-13. Já no jogo com o Nacional, em particular na 2.ª parte, Enzo assumiu mais a construção e o apoio no meio-campo, deixando o ataque para Melgarejo no flanco esquerdo. Numa equipa com uma enorme tracção à frente, é fundamental ter alguém no meio-campo que consiga perceber a necessidade de manter alguma tracção atrás. Algo que Carlos Martins não conseguiu fazer no jogo com o Nacional. E que Enzo introduziu na 2.ª parte. Outra diferença fundamental no jogo com o Nacional da 1.ª para a 2.ª parte foi o facto de Witsel nunca ter funcionado como o 3.º homem da linha de defesa no inicio do nosso processo de construção de jogo (algo que Matic depois fez) o que levou ao 2-2-6 na construção e aos lançamentos longos (falhados) de Luisão como única forma de construção.
Além de uma desmesurada vertigem pela velocidade e pelo risco de ataque que nos leva a não conseguir uma posse de bola prolongada e consequente; a dificuldade em alternar fases e controlar ritmos de jogo; a construção inicial de jogo a 3, sem apoio do meio-campo, parece-me das principais lacunas do Benfica. É crucial que o 8, alternando com os alas (ou os laterais), possam vir apoiar o processo de construção, garantindo linhas de passe em progressão e mesmo chamando elementos da outra equipa para a frente, libertando espaço para os 2 avançados e os restantes jogadores que entretanto assumam posição ofensiva. Este processo no tem sido conseguido. Constantemente contra equipas mais fortes e que pressionam alto, encontramos dificuldades de construção.

sábado, 8 de setembro de 2012

Mercado

A saída de Javi e Witsel, no último dia do "nosso" mercado (Javi) e  já apos o fecho do mesmo (Witsel) são um golpe duro na estrutura da equipa. Olho para o nosso calendário e vejo Alvalade em Dezembro e recepção ao Porto em  meados (13) de Janeiro. Ficamos mais fracos a nível de plantel mas, vendo as declarações quer de Javi quer de Witsel após a concretização das transacções, estou convencido que os jogadores queriam ir para os novos clubes e que esse é sem duvida um factor muito relevante ao pesar as varias variáveis nestes negócios. É o mercado. E o Benfica está sujeito a estas circunstâncias devido a i) uma menor capacidade de pagar salários (em comparação com outros campeonatos); ii) a  menor valorização competitiva da Liga Portuguesa face a outras Ligas mais fortes. Estas são as regras do jogo. Saber se tudo foi feito para salvaguardar a competitividade do plantel face a potenciais negócios deste tipo que se vieram a concretizar, é outro tema.

sábado, 18 de agosto de 2012

Luisão

"É evidente que todos nós – Luisão incluído – gostaríamos que aquele episódio não tivesse acontecido, mas pôr em causa a boa-fé, o carácter e a palavra do nosso capitão é algo mesquinho e totalmente inaceitável."
"O Conselho de Disciplina da Federação tomou hoje uma decisão. Não a vou comentar e respeito-a."
"Saberemos respeitar as decisões, mas também saberemos defender os nossos. Que ninguém tenha dúvidas!"

Boa réplica relativamente ao "caso" Luisão. Tarde. No âmbito de uma inauguração de casa do Benfica - o caso mereceria um momento específico para tratar do mesmo, parece-me. Mas não deixa de ser boa a mensagem: lamentar o incidente, esperar as decisões que decorrerão e defender os nossos. Sem desculpabilizar. Sem "deixar cair" ninguém.

Opções do plantel

Em teoria temos várias opções, para diferentes tipos de jogo, do meio-campo para a frente. Não na defesa.
No lado esquerdo da defesa, Melgarejo traz algo que não tivemos em grande parte da época com Emerson: mais qualidade na posse de bola; uma asa esquerda com 2 jogadores, em complemento da asa direita a 2 que já tinhamos; mais um jogador na defesa com velocidade o que poderá permitir que a defesa suba um pouco mais no terreno para pressionar alto. Tudo igual no meio. Vejo espaço para 2 laterais ou 1 lateral que possa jogar à esquerda e à direita.
Na posição 6, Javi e Matic. Javi é aquilo e é bom. Matic é bom mas é um 6 diferente. Chega mais à frente que Javi e com isso ajuda a equipa a pressionar alto. Por esse motivo também o veria como 8. Muita curiosidade em ver como Matic evolui esta época.
Daqui para a frente, muitas opções. E a curiosidade em ver em que posições alguns jogadores vão evoluir nesta época.
Bruno César: a 10 ou a 8, sabendo que pode ser um extremo competente?
Enzo Pérez: a extremo ou a 8?
Parece-me que Enzo e/ou Bruno César nas alas podem ser importantes em termos de consistência do meio-campo em jogos contra equipas mais fortes. Ou jogando com 2 pontas e apenas um médio no centro, de apoio a Javi, sendo que Enzo e/ou Bruno César nas alas poderiam apoiar no meio.
Gaitán parece-me ser, dos nossos extremos, um dos mais competentes em termos de ocupação de espaço a defender - o problema é que é facilmente apanhado fora de posição em perdas de bola no ataque pois tenta muito frequentemente o mais difícil e arriscado. Quando sai bem é óptimo; quando sai mal é um perigo para nós - tem que haver alguém a proteger uma eventual perda de Gaitán e cortar o contra-ataque. Além disso, com John e Sálvio, são (potencialmente) fortíssimos nas situações de ataque.
Curioso para ver um meio-campo com Aimar e Carlos Martins ou Bruno César no meio.
No ataque, Cardozo. Indiscutivelmente. Perder Cardozo agora seria um grande contratempo. Se me falassem em, em Julho, vender Cardozo e comprar De Jong, veria como uma boa opção, mesmo que implicasse algum tempo de adaptação do novo jogador, altura em que Rodrigo teria que assumir e comprovar as indicações da época passada. Agora, seria simplesmente uma má opção. Rodrigo como opção a 9 ou em apoio. Espero uma grande época e a confirmação de Rodrigo. As restantes opções são um pouco uma incógnita. Saviola consegue retomar a forma de 2009/10? O que podemos esperar de Michel? E de Hugo Vieira? E Kardec - gosto de Kardec, no entanto acho que tem uma relação "azarada" com o golo. Já perdi a conta à quantidade de bolas de golo que, com ele, não entram - bolas no poste/barra ou defesas complicadas dos guarda-redes...
E depois, curiosidade para ver como Jorge Jesus gere estas várias opções. Há muitas opções de qualidade e que possibilitam várias combinações e soluções. Um mesmo 11 permite, sem alterações, diferentes soluções. A ver o que Jorge Jesus faz com estas opções e quantos jogadores serão utilizados mais frequentemente.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Prioridade número 1...

O campeonato nacional, parafraseando Alex Ferguson. Espero que isto esteja bem claro na mente de toda a estrutura e plantel do Benfica. Não tenho dúvida que estará na mente dos adeptos. A começar já amanhã na Luz.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Benfica continua mal preparado...

Para lidar com arbitragens e contrariedades em campo. Vamos ter um campeonato (mais um) muito duro neste aspecto e, a julgar pela forma como alguns jogadores continuam a protestar e reagir em campo face a decisões da arbitragem (justas ou não), continuamos mal preparados neste aspecto. É impressionante como jogadores e restante estrutura, sabendo de antemão que é mais fácil em determinados momentos prejudicar o Benfica, continuam a expor-se tanto a este tipo de situações. Assim fica mais difícil para nós e fácil para outros.
Dito isto, e não gostando do gesto e atitude de Luisão (e de Maxi, e de Carlos Martins, e de Javi) no jogo, não estou disposto a "sacrificá-lo" em praça pública. Estes assuntos tratam-se internamente. Para fora, o Benfica deve lamentar a situação mas tem que defender o jogador.

Equipa principal, equipa B e a noção de plantel

27(A)+3(seniores de 1º ano)+28(B)
Eis uma noção de plantel. Que relação entre a equipa principal e a equipa B? 

Dois modelos: 
i) A equipa B como backup da equipa A, havendo trocas frequentes entre a A e a B (os menos utilizados da A jogam na B e os mais utilizados da B podem ser opção frequente para a A). Neste modelo podemos ter 2 um plantel da A mais curto, mas a B nunca constrói verdadeiramente uma noção de "equipa" verdadeiramente.
ii) Dois planteis completos de opções (A e B), duas verdadeiras equipas. Os menos utilizados da A não descem para jogar na B. Apenas desempenhos excepcionais na B levam a subida para integrar o plantel A no mesmo ano. 

O segundo modelo parece-me mais adequado para formar jogadores jovens. Para um projecto de equipa B que tenha vocação de transição efectiva entre os juniores e o futebol profissional na 2.ª Liga. É também o modelo mais coerente com a estratégia de mercado que o Benfica tem seguido nos últimos 3-4 anos.

Pode ser um modelo criticável. Mas parece-me uma opção coerente.