sexta-feira, 27 de abril de 2012

Elementos fundamentais (estratégicos) para o futuro do Benfica (i)

Cinco áreas fundamentais para o futuro do Benfica:


Aumentar receitas
-A necessidade imperativa de assegurar a participação de forma contínua e com sucesso (i.e., ir além da fase de grupos) na Champions. Esta é a forma de assegurar receitas operacionais muito significativas. Que permitem, de forma sustentável, manter uma equipa cada vez mais competitiva. Que permitem também valorizar a marca (e a sua internacionalização além do espaço tradicional do Benfica - lusofonia) e os activos desportivos, potenciando outras fontes de receitas (publicidade; transferência de jogadores).
-Manter a posição assumida recentemente de clube formador de jogadores para as Ligas top 4(5). Em particular posicionar-se como fornecedor dos top 3 dos top 4(5), i.e., vender para as equipas de topo das principais ligas (Madrid, Barcelona, Milan, Juventus, Manchester(s), Chelsea, Munich). A equipa B pode assumir aqui um papel fundamental ao assegurar um espaço competitivo com ligação privilegiada à equipa principal.
-Direitos televisivos. Esta é a linha de receita com maior potencial de valorização no curto prazo. E tem a vantagem adicional de estar ligado a outra das áreas fundamentais para o Benfica (a que chamarei Regulação, por via da influência da Olivedesportos no futebol Português).
-Receitas de bilheteira. Parece ser uma das áreas em que há ainda trabalho a fazer para maximizar as receitas e maximizar o aproveitamento do potencial do estádio. Parece existir um potencial não aproveitado em termos de segmentação para maximizar a ocupação do estádio.


Controlar custos
-Neste aspecto, os custos com o serviço da dívida são seguramente uma das áreas a merecer atenção.
-Melhorar a prospecção e a taxa de sucesso das nossas aquisições e da nossa formação.
-Manter o controlo sobre os custos com pessoal, em particular assegurando ligação entre as receitas e estes custos, e salvaguardando sempre a competitividade das equipas (A e B).


Competitividade
- Todos estes elementos são fundamentais para aumentar a competitividade da Liga e, por essa via, aumentar a possibilidade de uma evolução da Liga (e dos clubes) no sentido de conseguir atrair e manter talentos por mais tempo, gerando mais receitas e melhorando a qualidade.
-Na base o Benfica deverá ser um clube de prospecção e formação. A ligação entre a formação, a equipa B e a equipa principal é fundamental no cimentar desta posição estratégica no futebol internacional.
-Títulos nacionais e internacionais: o Benfica terá que, nos próximos anos (5) alcançar títulos com dimensão e expressão suficiente para relançar a imagem do clube no exterior. Um título internacional e assegurar a Liga mais regularmente são os objectivos. 
-Para que isso aconteça, a estrutura do futebol deverá ser reforçada. A actual estrutura parece ainda frágil e demasiado exposta. Com funções algo indefinidas ou preenchidas por pessoas que deveriam estar concentradas noutras áreas.
-Para que isto aconteça é necessário olhar também para fora, numa estratégia de duas vias que reforça a estrutura interna e aumenta o poder de influência (sem as conotações negativas que abundam no nosso futebol) do clube no exterior.


Regulação

-Um dos aspectos onde temos falhado muito parece ser na falta de participação nas decisões estruturantes da organização da Liga (ao nível da LPFP e da FPF). Além da organização interna, é fundamental que o Benfica tenha uma voz e assuma o seu papel no desenho das competições nacionais. Por aqui passam decisões como a organização das competições; a possibilidade de introdução de novas tecnologias no futebol (a Liga Portuguesa poderia propor-se como caso de estudo da introdução de novas tecnologias no futebol); a centralização dos direitos televisivos; o fomento da competitividade da Liga; assegurar as condições de competitividade e equidade entre todos os participantes; aumentar a autonomia e independência de todos os clubes como elemento básico de competitividade da Liga; modelo de negócio da Liga e papel dos clubes; futebol profissional e amador; futebol de formação.


Media
-A política de comunicação do Benfica deixa bastante a desejar. A falta de canais de comunicação credíveis e a comunicação sem estratégia, reactiva e inconsequente deixa o clube e os seus representantes vulneráveis à "espuma dos dias", a estratégias de desestabilização e ao simples aproveitamento da imagem do clube. Gerir o tempo mediático é algo a que o clube tem que dedicar mais atenção e esforço. É uma tarefa que demora a consolidar, mas é de grande importância na estabilização e gestão de momentos piores.

domingo, 22 de abril de 2012

A três jornadas do fim

Em teoria, o Benfica terminou ontem os seus encontros de maior grau de dificuldade (apesar de não ser de desprezar a dificuldade que nos pode ser colocada pelo Rio Ave e Setúbal fora).

Em teoria, o Porto tem nas próximas duas jornadas jogos de grau de dificuldade elevado. A deslocação ao Marítimo é sempre difícil, em particular face a este Marítimo de boa qualidade. E a recepção ao Sporting é sempre um jogo imprevisível. Em teoria. Veremos como se comportam os restantes elementos do jogo em termos de "apoio extra".

Em relação ao Benfica, acredito que com a possibilidade de preparar os jogos com uma semana de intervalo, será possível à equipa demonstrar todo o seu potencial e ultrapassar os obstáculos. Em particular porque neste final de época parecemos ter recuperado alguns jogadores que estavam em baixa de forma (Rodrigo e Nolito) e ganho outros para o futuro (em particular Matic).

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um pouco de perspectiva...

«Há quatro anos era o cancro do Barcelona» - Xavi

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=327192

O plantel 2011-12 (ii)

O plantel desta época teve como grande vantagem em relação ao de 2010-11 o número de opções para as alas. No modelo de jogo do Benfica, a criatividade dos alas é fundamental para alimentar o ataque. Entre Gaitán, Nolito, Bruno César e Enzo, teríamos em teoria opções em número e diversidade suficientes. infelizmente Enzo cedo deixou de ser opção (primeiro a lesão e depois o episódio de Natal). entrou Yannick para o lado direito, sendo que provavelmente apenas poderá ser uma opção mais séria na próxima época. Juntando a época irregular de Gaitán e, nesta fase final, a quebra de forma de Nolito (se juntarmos a perda de forma de Rodrigo e a perda de Aimar em alguns jogos), perdemos grande parte da nossa capacidade criativa. Bruno César é um jogador diferente que, partindo de uma ala, pode dar mais equilíbrio e apoiar no centro do terreno. E adicionar poder de passe logo. Poderá inclusive dar um "8" interessante. Sálvio teria sido terrivelmente útil esta época (ainda mais sme poder contar com Enzo durante a temporada inteira, na prática).

No centro do terreno, com a saída de Rúben Amorim, ficámos reduzidos a Javi, Matic e Witsel. Manifestamente pouco para o número de jogos em sequência que tivemos que disputar. Em particular a posição de Witsel ficou a descoberto. Acredito que poderíamos ter tido outra capacidade de resposta se tivessemos Amorim (ou outro jogador para aquela posição). Adicionalmente, Matic apenas agora parece em condições de jogar a um nível mais elevado e próximo daquilo que se espera de um "6" (ou "8" em alguns jogos) do Benfica. A verdade é que, durante grande parte da época, Matic não revelou as condições para poder disputar o lugar em quase igualdade com Javi. Nas alturas em que Javi esteve fora por lesão anteriormente Matic cumpriu, mas sentiu-se sempre que o Benfica estava com uma carência naquela zona central do terreno. A boa notícia é que Matic parece estar em condição de ser alternativa - o que representa um significativo incremento de qualidade no meio-campo do Benfica e a possibilidade efectiva de uma melhor gestão do esforço dos jogadores naquela zona. O empréstimo de David Simão parece-me que só pode ser entendido como uma reprovação do treinador ao jogador, nas actuais condições, face ao que entendia ser exigível ao jogador. Um caso a rever para a próxima temporada.

Na defesa, penso que tivemos sorte e apostámos num grande risco (sem necessidade) em Maxi não ter tido nenhuma lesão. Em relação aos centrais, Luisão e Garay formam uma dupla muito boa. Jardel cresceu desde a época passada, comete menos deslizes, mas provavelmente ainda precisa de mais algum tempo. Ainda assim já é uma boa alternativa para 3.º central. Tal como Miguel Vítor. Sempre que foi chamado correspondeu muito bem. teve a infelicidade de se lesionar num jogo em que estava muito bem (Braga) e fechou a época. Não jogou muito, mas tem um papel no Benfica e espero que se mantenha para a próxima época. Não havendo mexidas no centro da defesa, e tendo como prioridade o reforço de outras posições da equipa, não vejo necessidade de mexer no quarteto de centrais. Na lateral esquerda, precisaremos mexer. Precisamos de alguém capaz de apoiar o corredor para evitar que a equipa fique coxa no ataque (e logo mais previsível). Emerson não me parece ser uma má solução no contexto de plantel. Mas precisamos de um lateral esquerdo titular.

Na baliza, Artur esteve muitissimo bem até ao Natal, oscilou um pouco nos 2 primeiros meses do ano, mas ultimamente voltou a mostrar a mesma confiança e segurança. A colocação da bola à distância é um ponto a melhorar claramente. Não sou particularmente fã de Eduardo. Dependendo da avaliação da equipa técnica à evolução dos guarda-redes mais jovens que temos no clube (em particular Mika e Oblak) não veria necessidade de adquirir o passe de Eduardo - e assim reunir recursos para investir nas posições em que estamos carenciados.

O plantel 2011-12 (i)

A época iniciou-se com um processo de selecção pouco comum, com muitos jogadores à disposição para a constituição do plantel. Tivemos também, durante grande parte da época um plantel alargado de 28 jogadores. Acabamos a época com 25, tendo utilizado um total de 30 jogadores (Mika e Rúben Pinto não chegaram a jogar ainda, mas ainda assim entram na contabilidade).

Começo por dizer que me parece boa a política de ter no plantel alguns jogadores jovens que, mesmo com poucas oportunidades para jogar, têm oportunidade de evoluir com os métodos de treino da equipa principal, com os jogadores e treinador da mesma. Da época passada o caso de Roderick. Nesta época os casos de Rúben Pinto, Luís Martins (ainda assim contabilizando alguns minutos) e Nélson Oliveira. Será também, parece-me, o caso de André Almeida. Com a equipa B a partir da próxima época, este modelo terá porventura hipóteses de ser melhor explorado, aliando à possibilidade de treino na equipa principal a possibilidade de utilização em competição pela equipa B.

A equipa B pode ser uma peça fundamental na formação e maturação de talentos para a equipa principal (aproveitamento desportivo) e posteriormente para transação para as principais equipas de campeonatos mais competitivos (aproveitamento financeiro). É fundamental que o Benfica se posicione como clube formador e fornecedor de grandes talentos para os principais clubes (top3) das principais ligas (top5).

Neste sentido, uma das grandes virtudes de Jorge Jesus é a capacidade para rentabilizar valores. Aconteceu com Di Maria. Com David Luiz. Ramires. Sálvio. Gaitán. Carlos Martins. Javi Garcia. Fábio Coentrão. Está a criar grande valor em Witsel, Matic, Rodrigo e Nélson Oliveira. É preciso ter o talento à disposição. Mas também é preciso ter o talento para o transformar em algo que efectivamente tem valor. E isso JJ tem feito nos três anos que leva de Benfica. É preciso também saber descobrir talento, e ter objectivos bem claros e definidos na prossecução desse talento. E aqui o Benfica ainda parece demasiado disperso. Em particular focando demasiada atenção no ataque - compreensível, por ser onde estará potencialmente a maior criação de valor; mas não podemos descurar o meio-campo, em particular a fase de construção e equilíbrio, em particular num benfica que joga no risco e em alto ritmo.

Parece ter havido a dada altura (na transição da 1.ª para a 2.ª época de JJ) um misto de falta de capacidade da estrutura do futebol do Benfica, deslumbramento com o que foi alcançado na 1.ª época, voluntarismo em querer assumir funções além das competências e na disposição em delegar (tacitamente ou de forma explícita) competências. Parece faltar a esse nível o profissionalismo e o rigor que tem que existir numa estrutura fundamental do clube.

O plantel 2011-12 parece-me um plantel de muita qualidade, potencial e margem de evolução, mas com desequilíbrios em algumas posições.

Focando os desequilíbrios, temos falta de uma verdadeira opção para Maxi e para Witsel. Maxi é porventura o pior desequilíbrio pelo papel que desempenha fazendo todo o corredor, apoiando a defesa e o ataque. Uma opção para Witsel faz-se sentir principalmente nos jogos contra equipas mais fortes o que obriga a uma sobrecarga de jogos, retirando rendimento. Penso que Matic poderia ser uma opção a Witsel, jogando mais adiantado com Javi, mas essa não tem sido a opção de JJ. Acho que Matic é um bom "6" - diferente de Javi, em particular porque tem a capacidade de pressionar mais à frente e tem melhor passe - mas também poderá ser uma opção em alguns jogos para "8". Independentemente disso, parece-me que precisamos de outro "8" para alternar com Witsel. Não o vejo entre os nossos jogadores - plantel actual e mesmo numa lista alargada de jogadores com quem temos contrato (eventualmente Enzo Perez? alguém da formação?).

A terminar esta primeira parte, o ataque. Cardozo, Nélson Oliveira, Rodrigo, Saviola. Parece-me que Saviola foi menos utilizado do que o que poderia ter sido. Nélson Oliveira foi bem gerido, com uma fase de aprendizagem até início de Janeiro e posterior maior utilização na equipa principal. Rodrigo foi bem gerido, tendo provavelmente surpreendido pela rapidez com que se impôs. Cardozo continua a ser essencial no Benfica - como o comprova a maior probabilidade de não conseguirmos a vitória quando não marca. Enquanto quer Cardozo quer Rodrigo estavam a marcar com regularidade, conseguimos as nossas melhores vitórias. Quando ambos deixaram de marcar, caimos. É importante ter um conjunto mais alargado de avançados para haver esta rotação em momentos de baixa de forma de algum. Nestas três épocas temos tido Cardozo sempre regular. Na 1.ª época tivemos Saviola como complemento. Na 2.ª falhou-nos Saviola como complemento e Jara apesar de esforçado não deu para tudo, sobretudo na parte final em que falharam muitas unidades fundamentais. Nesta 3.º época, perdemos Rodrigo como complemento de Cardozo e não conseguimos que nenhum dos outros 2 assumisse esse papel.

É fundamental ter um lote de bons atacantes para uma equipa como o Benfica. E temos.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Taça da Liga

Era um objectivo da época. Fizemos uma prestação muito boa na prova, com cinco vitórias em cinco jogos, defrontando o Guimarães, Marítimo e Porto até chegar à final. Foi uma boa competição para dar minutos a alguns dos nosso jogadores - Nélson Oliveira, Saviola, Capdevila, Eduardo, por exemplo.
A atenção tem agora que estar totalmente voltada para o último ciclo da época: os últimos quatro jogos da Liga. 12 pontos são o objectivo e o que se espera. O resto das contas faz-se no fim.

O percurso do Sport Lisboa e Benfica desde a década de 60 aos tempos de hoje

Na última década (2000/01-2009/10), o SLB alcançou: 2 campeonatos e 2 segundos lugares na Liga. De referir que apenas por 1 vez o SLB acabou perto da lideraça, na época 2006/07, 3.º lugar a 2 pontos do 1.º.- 1 Taça de Portugal. 2 Taças da Liga e mais 1 final.
- 1 Supertaça.
- 3 presenças na Champions (e mais 2 vezes eliminado antes dos grupos, na 3.ª pré-eliminatória).
- Das 7 participações na Taça UEFA/Liga Europa (o que implica ter ficado de fora das competições europeias 2 vezes), registo para 2 vezes chegar aos 1/4 final e 1 vez chegar aos 1/8 final.
Não é um registo brilhante e todos os sabemos.
Na década anterior (1990/91-1999/2000), o SLB alcançou:
- 2 campeonatos e 4 segundos lugares na Liga (ambas as vitórias no campeonato na 1.ª metade da década). De referir que apenas por 1 vez o SLB acabou perto da lideraça, na época 1992/93, 2.º lugar a 2 pontos do 1.º.
- 2 Taça de Portugal e mais 1 final.
- 3 presenças na Champions, com registo de chegar aos 1/4 final e à 2.ª fase de grupo por 1 vez cada. - Das 5 participações na Taça UEFA, registo para 1 vez chegar aos 1/4 final e 1 vez chegar aos 1/8 final.
- Das 2 participações na Taça das Taças, registo para 1 vez chegar aos 1/2 final e 1 vez chegar aos 1/4 final.
Não é um registo brilhante e todos os sabemos.

Na década 1980/81-1989/90, o SLB alcançou:
- 5 campeonatos e 4 segundos lugares na Liga.
- 5 Taças de Portugal e mais 1 final. 3 Supertaças.
- 5 presenças na Champions, com registo de 2 finais, chegar 1 vez aos 1/4 final e 2 vezes aos 1/8 final.
- 2 participações na Taça UEFA com registo de 1 final.
- Das 3 participações na Taça das Taças, registo para 1 vez chegar aos 1/2 final e 1 vez chegar aos 1/4 final.
Um registo brilhante numa década complicada.
Na década 1970/71-1979/80, o SLB alcançou:
- 6 campeonatos e 3 segundos lugares na Liga.
- 2 Taças de Portugal e mais 3 finais.
- 6 presenças na Champions, com registo de 1 1/2 final e 2 1/4 final.
- 2 participações na Taça UEFA sem registo.
- 2 participações na Taça das Taças, com registo de 1 1/4 final.
Um registo brilhante internamente, numa fase de transição pós-década de 60.

Na década 1960/61-1969/70, o SLB alcançou:
- 7 campeonatos e 2 segundos lugares na Liga.
- 4 Taças de Portugal e mais 1 final.
- 9 presenças na Champions, com registo de 2 vitórias e mais 3 finais, chegar 2 vez aos 1/4 final e 2 vezes aos 1/8 final.
Um registo verdadeiramente notável e brilhante. A nível nacional e internacional.


Desde 1960, três décadas notáveis. Duas décadas (as últimas) com um registo insuficiente. Em muitas ocasiões por culpa própria. Em muitas ocasiões por um misto de culpa própria e circunstâncias da nossa Liga. É este o trajecto que o Benfica tem que inverter. Traçando os seus objectivos e caminho próprios. Defendendo os seus interesses, entre os quais tem que estar tornar o futebol Português como um todo mais forte. Os últimos três anos elevaram o patamar do nosso desempenho desportivo. Não obtivemos até ao momento os resultados desportivos que desejamos, mas esse não deve ser o único indicador a considerar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O que ainda há para ganhar (perder) em 2012 (iv)

Fechou-se mais um ciclo de jogos difíceis e uma vez mais a equipa não correspondeu na totalidade. Duas derrotas com o Chelsea. 1 vitória com o Braga. 1 derrota com o Sporting. 4(5) pontos de diferença para o Porto a 4 jornadas do fim. Não estamos em boa posição para vencer a Liga. Não acredito que ainda seja possível vencer a Liga.


Resta-nos assim vencer a Taça da Liga. Fazer os 12 pontos que estão em disputa até final do campeonato e dessa forma, pelo menos, não aumentar a diferença pontual para o Porto e assegurar a entrada directa na Champions de 2012-13. Resta-nos ainda saber que fizemos uma boa campanha na Champions deste ano (14 jogos), mantendo o bom registo que temos feito nas campanhas europeias nos últimos 3 anos. Na Taça de Portugal ficámos uma vez mais aquém dos objectivos.


No que diz respeito à Liga, é acima de tudo uma época desapontante pela forma como não fomos capazes de aguentar a liderança. O Benfica tem que ser capaz de resistir de outra forma a factores externos. Já devia também ter arranjado soluções para corrigir debilidades internas que se mantém de época para época. Parece existir algum défice de planeamento e de antecipar as dificuldades. 


Temos um plantel com muito potencial, com muitos jogadores ainda jovens. Com alguns desequilíbrios. Temos por isso muito a melhorar para a próxima época. Mas por agora, ainda temos muito (Taça da Liga; equipa; acesso directo à Champions; 12 pontos na Liga) a ganhar em 2012.

domingo, 8 de abril de 2012

Jornada 26

15 pontos em disputa para o Benfica. 12 pontos em disputa para o Porto.

Diferença de 4 pontos neste momento, com menos 1 jogo.

Nada mudou com a vitória do Porto em Braga: o Benfica continua a ter que somar 15 pontos até final do campeonato. Se o fizer tem hipóteses de ser campeão. Se não o fizer, não o será seguramente.